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terça-feira, 12 de abril de 2011

Ex-governador critica governadora Rosalba Ciarlini e a acusa de estar fazendo caixa

"Não entreguei o RN quebrado e vou provar"

Pas­sa­dos os 100 pri­mei­ros dias de go­ver­no, a go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni (DEM) fez um le­van­ta­men­to po­si­ti­vo de sua ges­tão. Dá mesma forma po­lí­ti­cos da si­tua­ção vie­ram a pú­bli­cos para de­fen­der e os da opo­si­ção para cri­ti­car. Mas quem deu o ver­da­dei­ro tom de crí­ti­ca foi o ex-governador Iberê Fer­rei­ra de Souza (PSB).

Iberê, que su­ce­deu Wilma de Faria (PSB) no cargo de chefe do Exe­cu­ti­vo es­ta­dual, ter­mi­nou sendo o alvo de di­ver­sos ata­ques do atual go­ver­no, posto como um dos prin­ci­pais res­pon­sá­veis pela crise fi­nan­cei­ra que o Es­ta­do vem en­fren­tan­do, se­gun­do go­ver­nis­tas.

Mas hoje, ele de­ci­diu falar e re­ba­teu todas as crí­ti­cas. Se­gun­do Iberê o Go­ver­no não foi pas­sa­do para as mãos do DEM "que­bra­do". O ex-governador disse que, du­ran­te o tempo que es­te­ve a fren­te do Exe­cu­ti­vo, todas as fi­nan­ças es­ta­vam em dia e den­tro do li­mi­te pru­den­cial. "Não quero en­trar nesse tipo de dis­cus­são, que não vai che­gar a canto ne­nhum. Tenho do­cu­men­tos do TCE [Tri­bu­nal de Con­tas do Es­ta­do], que com­pro­vam que o go­ver­no es­ta­va den­tro do li­mi­te pru­den­cial", ar­gu­men­tou.

Mas Iberê re­co­nhe­ceu as di­fi­cul­da­des fi­nan­cei­ras, que o Es­ta­do vinha pas­san­do, mas re­for­çou não haver crise fi­nan­cei­ra exis­ten­te, a ponto de que­brar o Es­ta­do e im­pos­si­bi­li­tar novos in­ves­ti­men­tos.

"Estou sendo co­lo­ca­do como algoz, como o res­pon­sá­vel pela crise. Mas temos que lem­brar que todos os Es­ta­dos pe­que­nos estão pas­san­do por di­fi­cul­da­des fi­nan­cei­ras, por causa do pacto fe­de­ra­ti­vo. Mas quero dei­xar bem claro que uma coisa é um Es­ta­do estar pas­san­do por di­fi­cul­da­de, outra com­ple­ta­men­te di­fe­ren­te é dizer que está que­bra­do, acima do li­mi­te pru­den­cial, sem pro­je­ções e pers­pec­ti­vas de fu­tu­ro. O Rio Gran­de do Norte é um es­ta­do viá­vel com boas pro­je­ções. Temos pela fren­te a cons­tru­ção de um novo ae­ro­por­to, te­re­mos uma Copa do Mundo, temos agora um par­que eó­li­co em an­da­men­to, quer dizer, temos muito mais o que cres­cer, que mos­trar como opor­tu­ni­da­des de in­ves­ti­men­to", disse.

Com­bus­tí­veis

Ainda den­tro das ques­tões fi­nan­cei­ras, Iberê cul­pou o atual go­ver­no por ser um dos res­pon­sá­veis pelo au­men­to do preço dos com­bus­tí­veis no Rio Gran­de do Norte, mesmo tendo sido esse au­men­to sido uma con­se­qüên­cia do pro­je­to de rea­jus­te de 2% no ICMS, pro­pos­to exa­ta­men­te por ele.

"Quan­do eu es­ta­va no go­ver­no foi pro­pos­to o au­men­to no Fundo de Com­ba­te à Po­bre­za e isso im­pli­ca­ria no rea­jus­te de 2% no ICMS sobre o que era ar­re­ca­da­do nos com­bus­tí­veis. Mas na época a opo­si­ção era maior e ter­mi­nou re­jei­tan­do o au­men­to. Em de­zem­bro, quan­do o go­ver­no já es­ta­va elei­to, eu der­ro­ta­do e o vice-governador elei­to ainda era o pre­si­den­te da As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va, de­ci­diu co­lo­car em pauta a vo­ta­ção para o rea­jus­te e apro­vou. Quer dizer, en­quan­to eu era go­ver­no o rea­jus­te era im­pró­prio, mas quan­do o go­ver­no pas­sou a ser legal. Ainda mais com essa es­tra­té­gia de apro­var o pro­je­to no apa­gar das luzes, em 27 de de­zem­bro salvo en­ga­no", ob­ser­vou.

Mo­chi­las es­co­la­res

O ex-governador ainda puxou para si o ônus a cerca do re­co­lhi­men­to das mo­chi­las es­co­la­res do Go­ver­no do Es­ta­do, que es­ta­vam ir­re­gu­la­res, fora do pa­drão que foi apre­sen­ta­do du­ran­te a li­ci­ta­ção.

"A em­pre­sa ven­ce­do­ra nos man­dou a amos­tra. Assim que a Se­cre­ta­ria Es­ta­dual de Edu­ca­ção re­ce­beu e viu que não cor­res­pon­dia ao que foi es­pe­ci­fi­ca­do, o con­tra­to e o em­pe­nho foram sus­pen­sos e a em­pre­sa foi no­ti­fi­ca­da para levar as mo­chi­las de volta. O can­ce­la­men­to foi no meu go­ver­no e o di­nhei­ro ficou lá. Não foi o go­ver­no atual", de­cla­rou.

Obras pa­ra­li­sa­das

Iberê la­men­tou o gran­de nú­me­ro de obras pa­ra­li­sa­das por causa dos con­vê­nios sus­pen­sos e, se­gun­do ele, pela falta de com­pro­mis­so de Ro­sal­ba com obras im­por­tan­tes que estão com os re­cur­sos ga­ran­ti­dos. Iberê al­fi­ne­tou a go­ver­na­do­ra in­di­can­do a ela, es­que­cer o dis­cur­so re­tro­vi­sor e ado­tar uma pos­tu­ra mais de go­ver­no que tra­ba­lha.

"É mais digno ela [Ro­sal­ba Ciar­li­ni] con­ti­nuar e ser hu­mil­de em afir­mar que nosso Go­ver­no con­se­guiu li­be­rar os re­cur­sos, mas ela re­sol­veu ado­tar um tom de cri­ti­cas e parar todas as obras para de­pois dizer que con­se­guiu a li­be­ra­ção dos re­cur­sos na sua ges­tão, mas todas as obras estão com re­cur­sos já li­be­ra­dos", disse o ex-governador em en­tre­vis­ta à rádio Santa Cruz AM.

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