Além da apresentação do status atual da missão, o evento tratará as principais questões científicas que contam com a atuação de brasileiros. Os seguintes temas estão pautados para discussões: Exoplanetas e astrobiologia; Rotação e Atividade estelar; Oscilações; Estrelas jovens; Sismologia de estrelas quentes.
Toda a missão teve o gasto de 155 milhões de euros (cerca de R$ 350 milhões). O professor Renan de Medeiros explicou o objetivo do investimento: “O objetivo era procurar planetas dentro da zona de habitabilidade, ou seja, que possam desenvolver algum tipo de vida. Mas, a longo prazo, pretende contribuir com as grande questões da humanidade, como de onde viemos e para onde vamos”.
Para o cientista, por meio da observação de planetas em diferentes estágios de desenvolvimento é possível entender o próprio desenvolvimento da Terra. “Fazemos uma espécie de filme. Quando encontramos planetas menos ‘desenvolvidos’, podemos entender como a Terra costumava se comportar. Já o oposto ocorre quando nos deparamos com planetas mais ‘avançados’: podemos prever o que acontecerá com o nosso”, esclareceu.
Missão Plato
O 4º CoRoT workshop também apresentará a missão espacial Plato (o nome do filósofo grego Platão em inglês). A missão será uma continuação da atual, porém muito maior e mais ambiciosa. Os investimentos serão de 500 milhões de euros, contra os 155 milhões da CoRoT.
O satélite tem lançamento programado para 2018 com previsão de observar por seis anos cerca de 500 mil estrelas. A busca por planetas idênticos à Terra e também dentro da zona de habitabilidade continua. O Brasil terá o papel de analisar previamente as estrelas para o Plato, além de enviar engenheiros para desenvolver softwares.