Pedido para casar com motorista foi feito em festa do padroeiro há 40 anos.
Em troca, ela leva pão todos os anos e pede até casamento para parentes.
Na festa de Santo Antônio de 1972, Ana Alice de Castro Silva, então com 15 anos, pediu ao santo que lhe ajudasse a namorar e casar com um vizinho. Em troca, ela levaria pão para a divindade todos os anos de sua vida. Quarenta anos, duas filhas e três netos depois, Ana mantém o compromisso, como nesta quarta-feira (13), dia do padroeiro de Piracicaba (SP), mas agora com a ajuda do "marido-vizinho", o taxista e funcionário público aposentado Luiz Ribeiro da Silva.
Silva namorou Ana Alice por três anos até ser pedido em casamento e consumar o matrimônio em 1975. A obstinação da esposa aliada à fé pelo santo casamenteiro, segundo Silva, é um dos fatores para que a relação tenha sobrevivido às brigas dos tempos de namoro e aos momentos de maior dificuldade do casal. Agora, além de agradecer ao santo, o pão levado para a festa pedirá pelo casamento de amigos e parentes que continuam solteiros.
Devoção
Católica desde o nascimento, Ana Alice já fez promessa para São Benedito e todos os anos leva a cadela Sandy para a benção dos animais no dia de São Francisco de Assis, além de frequentar a igreja de São José. Mas, segundo ela, a maior devoção é a Santo Antônio. "Todas as vezes que vou à igreja rezo e, depois, peço licença para Jesus e aos outros santos para conversar com Santo Antônio, de quem eu sou devota", disse.
Católica desde o nascimento, Ana Alice já fez promessa para São Benedito e todos os anos leva a cadela Sandy para a benção dos animais no dia de São Francisco de Assis, além de frequentar a igreja de São José. Mas, segundo ela, a maior devoção é a Santo Antônio. "Todas as vezes que vou à igreja rezo e, depois, peço licença para Jesus e aos outros santos para conversar com Santo Antônio, de quem eu sou devota", disse.
No apartamento em que vive sozinha com o marido, há três imagens do santo casamenteiro espalhadas pela casa. Foi a elas que a dona de casa recorreu ao pedir os dois genros e que hoje recorre também com o mesmo pedido para as duas netas. "Além de casamenteiro, ele também é bom para achar as coisas", completou Ana Alice.
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Pedido de casamentoO casamento entre Luiz e Ana Alice saiu depois de algumas idas e vindas de um namoro conturbado. Entre a descrença da família e o ciúmes do namorado, ela conta que o único sonho era casar quando fizesse 18 anos. "Eu falava para o meu pai que queria casar com o Luiz e ele dizia: 'Se você disser isso mais uma vez vai apanhar!'. No dia em que ele (Luiz) falou sobre o assunto, eu disse que só ficava com ele se fosse para casar em novembro (de 1975). Aí ele aceitou."
"Hoje em dia é que nós somos namorados, pois no começo a gente brigava muito por causa do meu ciúmes. Não sei se foi o santo que ajudou, mas depois que nos casamos tudo melhorou e hoje ela (Ana Alice) é a coisa mais importante da minha vida", disse o funcionário público aposentado.
NamoroPassadas quatro décadas desde o pedido, a relação do casal continua sendo de carinho. Ana Alice ainda chama o marido de "bem" e diz que apesar dos 58 anos de Silva, ele "parece ter 38". Na última terça-feira (12), o casal dispensou a visita dos três netos e disse para as filhas que iria curtir o dia dos namorados.
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