O ex-deputado estadual Gilson Moura (PV) concedeu ontem à tarde a sua primeira entrevista após a polêmica envolvendo a sua renúncia ocorrida na semana passada. Aos microfones da TV Pontanegra, durante o Jornal do Dia, o ex-parlamentar do Partido Verde fez um desabafo acompanhado de perto por uma irmã que está enfrentando sérios problemas de saúde. De acordo com Gilson Moura, não existiu interesses escusos e nem qualquer tipo de negociata envolvendo a renúncia de seu mandato no Legislativo.
"A minha decisão foi de foro íntimo. Estou aqui com a minha irmã ao meu lado, ela está sofrendo muito e diante de toda essa politização que foi criada em torno deste assunto, os seus problemas de saúde se agravaram ainda mais. Eu nunca pensei que fosse chegar a esse ponto, mas para colocar um fim em toda essa polêmica estou aqui com ela, que está debilitada em função de uma quimioterapia", desabafou o ex-deputado estadual.
O ex-parlamentar, que é vice-presidente do Partido Verde no Rio Grande do Norte, se diz incomodado com o fato de ter que expor a sua irmã para se tentar justificar uma questão que está justificada sob o aspecto jurídico. Ele lamentou ainda a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte que não autorizou a posse do primeiro suplente do PV, ex-vereador Edson Siqueira. Ele desmentiu que a sua decisão tenha envolvido qualquer tipo de negociação. "A minha decisão foi tomada por uma questão de problemas pessoais que estou passando. Vejo senadores se licenciando, deputados estaduais e federais também se afastam", destacou Gilson Moura.
Ele ressaltou que o pedido de renúncia também se deu para que o andamento dos trabalhos na Assembleia Legislativa não fosse prejudicado e a bancada do PV no parlamento não perdesse representatividade. Gilson lembrou ainda que o Legislativo norte-rio-grandense está em fase de discussão em torno do Orçamento Geral do Estado e existe a necessidade de uma participação mais efetiva dos 24 parlamentares do Estado.
"Eu achei melhor renunciar esses três meses e voltaria em fevereiro sem nenhum problema e, no entanto, criou-se um problema tentando atribuir esse meu gesto ou tomada de posição a algum tipo de negociata ou armação, coisa que eu repudio. Em função desta polêmica, a saúde dela se agravou e todos da minha casa foram à residência da minha irmã e naquele momento eu tomei a decisão. Qual o mal que eu causei na população. Qual foi o mal que eu causei a Assembleia Legislativa", indagou o ex-deputado, frisando que a posse de seu suplente iria assegurar a continuidade de todos os trabalhos que são realizados pelo Poder Legislativo do Estado. "Eu lamento todo e qualquer tipo de transtorno que eu tenha causado, mas o motivo está aqui ao meu lado", acrescentou apontando para a sua irmã.
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