A Copa do Mundo de 2014 pode ficar sem jogos na cidade de Natal, que havia sido escolhida pela Fifa como uma das 12 sedes brasileiras do evento. Depois de dois adiamentos, ocorreu nesta quarta-feira a abertura dos envelopes com as propostas para construção do complexo Arena das Dunas, estádio a ser erguido na capital potiguar para receber as partidas da competição. Mas nenhuma empresa apresentou proposta, tornando o processo licitatório deserto.
Embora cinco empresas tenham se inscrito e depositado mais de R$ 4 milhões na conta do Comitê Organizador Local (COL), como garantia de interesse na licitação, nenhuma delas compareceu ontem para se habilitar a construir o novo estádio de Natal.
O secretário especial da Copa no Rio Grande do Norte, Fernando Fernandes, foi cauteloso ao avaliar o fato, mas admitiu que foi uma "desagradável surpresa". Ele disse que irá agora procurar a Fifa e COL para fazer uma "adequação dos prazos" das questões burocráticas.
Com isso, a alternativa do governo é abrir um novo edital, o que deverá ocorrer no prazo de 45 dias. "Natal continua como sede. Temos que sentar e encontrar uma saída. Para tudo na vida tem uma saída e, com certeza, vamos buscá-la", garantiu Fernando Fernandes.
O processo licitatório foi aberto para a construção do estádio nesta quarta-feira após dois adiamentos e um questionamento tanto do Ministério Público Federal quanto do Ministério Público Estadual. Em um documento conjunto, promotores e procuradores do Rio Grande do Norte recomendaram ao governo que retirasse do edital de licitação a cláusula em que obrigava a empresa vencedora a contratar e pagar a Stadia Projetos e Consultoria para realizar o projeto executivo da obra.
O Ministério Público considerou que essa exigência do governo era uma tentativa de burlar a lei das licitações, já que embutia no edital a contratação de uma segunda empresa. A recomendação foi seguida pelo poder Executivo, mas o processo realizado nesta quarta-feira acabou sendo um fracasso.
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