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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Megatraficante preso em Mossoró recebe atendimento médico especial

Quem passava próximo ao Hospital Wilson Rosado na tarde de ontem, no Centro de Mossoró, ficou abismado com o forte esquema de segurança montado por agentes penitenciários federais que trabalhavam na escolta do megatraficante colombiano Nestor Ramon Taro Chaparro, "El Duro" ou "Felipe", de 42 anos.

Segundo o diretor do Presídio Federal de Mossoró, o delegado da Polícia Federal Kércio Silva Pinto, na tentativa de despistar a polícia, ainda na época em que era considerado um dos homens mais procurados pelo FBI (a Polícia Federal norte-americana), Chaparro colocou um balão intragástrico no estômago para emagrecer e mudar sua aparência. Ontem, ele foi submetido a uma ultrassonografia no estômago para que uma junta médica pudesse avaliar o estado do balão de silicone (balão intragástrico) existente no estômago do traficante.

Considerado pela Polícia Federal como a prisão mais importante do ano, o megatraficante Ramon Chaparro foi preso no dia 16 de abril deste ano em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Após dez dias, no dia 26 de abril, ele foi levado de helicóptero do Complexo Bangu I, no Rio de Janeiro, para o Aeroporto do Galeão, e de lá transferido em um jatinho da Polícia Federal para o Presídio Federal de Mossoró.

Decisão do STF - No último dia 3 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou a solicitação de transferência feita pelo traficante colombiano Nestor Chaparro. Ele pediu para ficar no núcleo de custódia da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, na capital paulista, enquanto aguarda a extradição para os Estados Unidos, mas teve o requerimento indeferido pela ministra Ellen Gracie, relatora do processo.

"El Duro" é considerado pela Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) um dos quatro maiores narcotraficantes da Colômbia e, segundo a Polícia Federal, utilizava o Brasil como rota para o transporte de cocaína para os EUA. Em sua decisão, Ellen Gracie destacou que "o trânsito de Chaparro pelos diversos países onde realiza suas atividades deve-se à facilidade com que consegue documentos falsificados", justificando a permanência do bandido na Penitenciária de Segurança Máxima do Rio Grande do Norte.

A ministra do STF argumentou que o colombiano é "um preso de considerável periculosidade e a Penitenciária Federal de Mossoró possui a estrutura adequada para o seu acautelamento". Segundo ela, uma eventual transferência para São Paulo poderia "gerar os mesmos inconvenientes" de sua prisão em Bangu I, onde há, para o Departamento de Polícia Federal (DPF), risco iminente de fuga.

Ele foi transferido de Bangu I para o Estado do Rio Grande do Norte a pedido do próprio Departamento da Polícia Federal, que apontou "perigo real de resgate do preso no sistema prisional do Rio de Janeiro", afirmou Gracie.

Chaparro também pediu à Justiça a devolução da máquina fotográfica digital, dos pen drives e dos CDs apreendidos, em seu apartamento, no Edifício São Carlos do Pinhal, na Avenida Atlântica, em Copacabana. O STF não permitiu a entrega do material "porque ainda pode ser útil no decorrer do processo", mas autorizou que sejam feitas cópias dos arquivos pessoais do criminoso. "Nada impede a concessão de autorização para que o advogado do extraditando faça cópia das eventuais fotos contidas na máquina fotográfica digital, nos pen drives e nos CDs apreendidos", concluiu a ministra.

Recompensa milionária - Os EUA chegaram a oferecer uma recompensa de US$ 5 milhões pela captura do narcotraficante. De acordo com o diário "El Tiempo", a Corte do Distrito Leste de Nova Iorque teria evidências de que "El Duro" traficava e lavava dinheiro da máfia desde 1998, quando começou a coordenar as remessas de cocaína do Brasil para os EUA.

Título de megatraficante - Chaparro conquistou a fama de megatraficante depois que a Polícia Federal descobriu que ele teria enviado cerca de cinco toneladas de cocaína da Colômbia para o território americano, via Brasil. A Polícia Federal informou na época da sua prisão aos jornais cariocas que o traficante usava o Brasil, especificamente os portos do Rio de Janeiro e São Paulo, como entreposto para enviar drogas para os Estados Unidos e também para a Inglaterra, segundo maior receptor da droga de Chaparro. A droga era enviada pelo megatraficante em contêineres, que seguiam nas embarcações.

Em 2001, Nestor Ramon Chaparro já havia sido indiciado por tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro no Distrito Leste de Nova Iorque, porém a polícia americana tem evidências de que "El Duro" traficava drogas e lavava dinheiro desde 1998, quando assumiu a chefia das remessas de cocaína que são enviadas da Colômbia, via Brasil, aos EUA.


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